04/05/2021

A partir do dia 3 de maio, a empresa municipal Águas do Porto passa a adotar a designação CMPEAE – Empresa de Águas e Energia do Município do Porto, abreviadamente, Águas e Energia do Porto, E.M..


O Município do Porto aprovou o alargamento do objeto social da Águas do Porto, estendendo a sua esfera de atuação à gestão e monitorização das infraestruturas energéticas da cidade, transformando-a no primeiro player de utilities integrado de natureza municipal em Portugal, ciente de que as redes elétricas inteligentes são fundamentais para o desenho das cidades do futuro e para a sua capacidade de liderar o crescimento económico.


Este alargamento de competências possui duas dimensões distintas. A primeira, com foco na transformação da cidade e na partilha de benefícios com os munícipes, promove a gestão e desenvolvimento da rede de carregadores para veículos elétricos e a implementação de centros de produção de energia renovável nas instalações municipais, que funcionem não apenas para autoconsumo, mas que permitam também o fornecimento de energia ao abrigo das futuras comunidades energéticas renováveis.


A segunda dimensão está centrada na eficiência interna do Município, engloba a definição de uma estratégia para a energia, o apoio à gestão do contrato de concessão de distribuição em baixa tensão, a monitorização dos contratos de fornecimento de energia elétrica, a implementação de projetos de eficiência energética em instalações municipais e a negociação dos excedentes gerados pela produção de energia.


alteração do objeto social da Águas do Porto, aprovada no ano passado e que hoje ganha relevo com a entrada em vigor da nova designação, explora as sinergias existentes entre os setores da Água e da Energia, e segue a aposta que a empresa tem feito em matéria de eficiência energética, tendo sido mesmo a primeira entidade do setor público local a instalar um parque fotovoltaico com capacidade para assegurar a autossuficiência energética da sua sede durante uma parte significativa do ano.


Esta nova estratégia retira ainda benefícios de uma estrutura empresarial existente, da rede de proximidade entre a Águas do Porto e os munícipes da cidade (nomeadamente do sistema de faturação e das iniciativas de educação ambiental), e dos vários canais de comunicação hoje ao dispor. Ou seja, o alargamento dos serviços prestados assentará numa lógica de serviços partilhados e, nesse sentido, não será suportada pelas faturas de água e saneamento.